quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Google além da Internet


Olá Senhores;

Li esta reportagem no jornal Estado de Minas de hoje e estou transcrevendo na íntegra a reportagem aqui.Acredito que muitos já conheciam o projeto, mas vale
a intenção de nos informarmos de novas tendências e tecnologia, afinal este é o segmento do nosso curso!
(FONTE: Jornal Estado de Minas;03-09-2008;Economia)




Companhia do Vale do Silício lança navegador para a rede mundial de computadores e encara mais uma vez a rival Microsoft, mostrando que quer ser mais do que uma empresa ponto-com.

Não se engane: o Google Chrome, navegador de internet lançado ontem em mais de 100 países pela empresa americana, vai muito além do que aparenta. A estratégia da marca mais cara do mundo parece clara, ao lançar no mercado, gratuitamente, um programa que é muito mais do que um simples visualizador de páginas da web.

O Chrome é mais um tentáculo da Google no mundo da tecnologia, já que ele executa aplicativos, separa processos e roda programas mesmo sem conexão à rede. Parece complicado, mas, em resumo, isso significa uma coisa: a empresa quer mesmo ter um sistema operacional, a estrutura que permite aos computadores rodar programas. Apresentado em meio mundo como um desafiante e tanto ao Internet Explorer (o navegador da Microsoft), o novo lançamento da Google é, na verdade, o início do combate ao ainda poderosíssimo Windows, o sistema que transformou Bill Gates no homem mais rico do mundo.

É claro que há um longo caminho a percorrer até lá. Antes de tudo, será preciso superar o Explorer, software usado para navegar na web por 72% dos computadores, segundo o site de estatísticas de tecn
ologia MarketShare, bem à frente do concorrente mais direto, o Firefox, usado por 19,7% dos PCs. Mas a Microsoft já esteve bem melhor nessa comparação: há um ano, a participação do Explorer era de 82% – ou seja, em 12 meses, perdeu 10 pontos percentuais. Se o Firefox, produzido pela relativamente pequena Mozilla, está assustando Bill Gates, por que não a Google e seu vasto império na internet?

“O que dá para perceber é que a Google é um ator central hoje na web, por ela passam quase a totalidade das informações, seja pelos mecanismos de busca, pelos e-mails ou pelas comunidades”, diz Virgílio Fernandes Almeida, professor titular de Ciência da Computação da UFMG. “As pessoas até já confundiam internet com Google, criar um browser (navegador) era um passo natural: usava-se um outro software para ir para o Google, agora ficará tudo integrado.”

O Chrome está liberado para download na internet desde ontem à tarde. Não há ainda informações sobre o número de pessoas que já baixaram o programa, que está em versão beta (de testes). Tecnicamente, parece cumprir a promessa da Google, de ser um navegador leve (que não trava o computador) e rápido.

Para o mundo dos negócios, entretanto, seu significado está ligado à nova tendência para as empresas de tecnologia. Nos anos 1980, a Microsoft desbancou a IBM do posto de poderosa do ramo ao dar a melhor resposta a um nov
o problema surgido: o computador precisava chegar à casa das pessoas. A Google, há pelo menos cinco anos, vem respondendo melhor às questões surgidas depois da popularização da internet. Primeiramente, através de um site que, à base de algoritmos guardados a sete chaves pela empresa do Vale do Silício (EUA), conseguiu ser o melhor endereço de pesquisa da web – e ainda consegue. Depois disso, à base de produção própria ou de compra de sucessos criados externamente, multiplicou seu império virtual – é da Google, por exemplo, o site de comunidades Orkut, muito popular no Brasil, e o Youtube, mais visitado endereço de vídeos da internet.

A disputa pelo posto de maior do setor nos próximos anos promete. Envolve, pelo menos, a Microsoft – é claro –, a Apple, a Nokia e a própria Google, além de outras que correm por fora. A Apple ganhou respeito na briga depois do Ipod e do Iphone, que trouxeram um novo público para a marca da maçã. A Nokia, a princípio uma estranha no ninho, reina no disputado mercado de fabricantes de celular, para muitos o futuro da tecnologia – não por acaso, a Apple lançou seu aparelho e deve ser seguida pela Microsoft e Google.

Ontem, as ações da Google subiram 0,42%, vendidas por US$ 465,25. No início do dia, porém, chegaram a mais de US$ 500. O diretor de comunicação da empresa no Brasil, Carlos Felix Ximenes, diz que a empresa discutirá agora o modelo de parcerias para disseminar seu novo browser. A idéia é propagandear o Chrome com a ajuda de provedores de acesso e até mesmo de fabricantes de hardware, que poderiam vender seus equipamentos com o navegador já incluído. Por enquanto, o novo programa roda apenas no sistema operacional Windows, mas deve ganhar em breve versões para a Apple e Linux.

CORRIDA NO BRASIL

Até agora, o Internet Explorer é disparado o mais utilizado para acesso à internet no Brasil. Em julho, o programa foi utilizado para 90,7% dos acessos à rede no país, ante 8,2% do Firefox. Fiel a
um de seus maiores bordões, “Don't Be Evil” (algo como “não seja mal”), a Google nega que esteja em uma “corrida dos browsers”. “Não temos visão de competição”, desconversa seu diretor de comunicação no Brasil, . Não queremos competir com a Microsoft e continuamos colaborando com a Fundação Mozilla", afirma Felix Ximenes.

QUEM VAI PEITAR O SUPERGOOGLE?

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